segunda-feira, 20 de julho de 2009

TEATRO - SÃO JOSÉ DILIGENTE

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TEATRO
SÃO JOSÉ DILIGENTE


Quando estava pesquisando o movimento da Cabanagem para ambientar o livro de contos Sertão do Reino, deparei com o episódio do Brigue Palhaço que já conhecia superficialmente. Quis aprofundar e não consegui encontrar muito coisa. Sequer o nome dos mortos era conhecido. Faz muito pouco tempo, foi achado no Arquivo Publico Nacional um documento com o nome de todos – era o processo aberto na época.

Nunca se descobriu as ossadas dos 255 mortos. O que se conhece é apenas a prisão de 256 pessoas do sexo masculino, manifestantes que, na euforia, saíram para as ruas da cidade comemorando a adesão da província do Grão Pará a nossa Independência. Soldados em sua grande maioria que, no regozijo da comemoração, cometeram vandalismos, principalmente contra os portugueses que predominavam na província.

Chamado a coibir os abusos, os militares ao comando do almirante mercenário inglês de nome Greenfell, chegado com a missão de conseguir a adesão da província, foram presos e enviados ao porão do navio São José Diligente (mais conhecido como Brigue Palhaço). Trancados, reclamando do ar sufocante e de sede - o porão era muito pequeno e não tinham água - supõe-se que lhes serviram água envenenada por dois boticários e depois jogaram cal virgem e lacraram a porta.

Na manhã seguinte quando abriram somente quatro estavam com vida sendo que três faleceram em poucas horas e um único, sobreviveu. Ele tinha 21 anos e restou com a aparência de sessenta. Os corpos foram enterrados imediatamente e furtivamente num sítio chamado Penacova, cuja localização não se sabe ao certo. O episódio foi um dos desencadeadores da Cabanagem.

Ao terminar de escrever o livro “Sertão do Reino”, a Tragédia do Brigue Palhaço estava impregnada em minha emoção como um fato que não poderia ser esquecido e nem mesmo pouco lembrado. Imaginei representá-la usando o que nela era obscuro e contundente em contraponto com as omissões na nossa historia, fazendo do espectador cúmplice desse descaso. Para a peça foram compostas, com Marco Antonio Quinan, Fernando Merlino, Henrique Pereira Alves e Eudes Fraga as músicas que resultaram também no cd São José Diligente. Quando estávamos terminando os trabalhos de preparação para gravá-lo e finalizando a peça, foi descoberto, no Arquivo Público Nacional no Rio de Janeiro, pela pesquisadora Célia Gomes, o Translado de Devassa dos Mortos do Sam José Diligente.

Assim pudemos homenagear seus descendentes e a memória de todos os mortos constando no encarte do cd e na peça seus nomes, tal qual está no documento.

MQ
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São José Diligente
Marcos Quinan e Marco Antonio Quinan


· Nomes dos mortos no Brigue Sam José Diligente (Brigue Palhaço), Pará, Brasil, 1823. Fonte: Translado de Devassa dos mortos do Sam Jose Diligente, Fundo do Supremo Tribunal, códice BU181 - Arquivo Público Nacional, Rio de Janeiro - Pesquisa: Célia Gomes


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Vestidos de militares com trajes da época, tantos quantos forem necessários para produzir uma luz mortiça atores portarão archotes que devem iluminar todas as dependências do teatro por onde os espectadores vão passar inclusive a platéia.
Todos os trajes são da época - 1823.

Primeira cenaNa porta do teatro, uma fogueira com pessoas (negros, brancos, mulatos e mamelucos) fazendo mímica como se estivessem conversando sobre acontecimentos e aflitas para saber de familiares, cena curta. Ela se repete na mímica e marcação até o último espectador entrar no teatro. Sendo que entre uma repetição e outra os atores ficam estáticos por alguns segundos.

Iluminação da cena produzindo sombras

Segunda cenaNo saguão do teatro, uma casa rústica onde as pessoas conversam também sobre acontecimentos, aflitas com o sumiço de familiares. Cena também curta e repetitiva com marcação e mímica igual à primeira. Entre uma repetição e outra ficam estáticos por alguns segundos. Repetida igual à primeira cena até que o ultimo espectador passe pelo saguão do teatro.

Iluminação da cena produzindo sombras

O conjunto começa a tocar no momento em que o primeiro espectador entrar na platéia do teatro: Canção do Reino /Choro de Valsa / Camboinha / Relembrando / Pedindo Campo. (para permitir a liberdade de arranjos não serão publicadas as partituras das músicas, apenas as gravações originais do cd São José Diligente)


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Canção do Reino(Marcos Quinan)

Arranjo: Fernando Carvalho
Fernando Carvalho - violão/viola de 12 cordas
Pantico Rocha - percussão
Marco Milagres - baixo acústico
Adelson Viana - acordeon
Roberto Stepheson - flauta doce


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Choro de Valsa
(Marco Antonio Quinan / Marcos Quinan)

Arranjo: Roberto Stepheson
Marco Antonio Quinan - violão
Marco Milagres - baixo acústico
Renata Ribeiro - viola
André Cunha - violino 1
Daniel Cunha - violino 2
Ocelo Mendonça - cello
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Camboinha(Marcos Quinan / Marco Antonio Quinan)

Arranjo: Fernando Carvalho
Fernando Carvalho - violões
Pantico Rocha - percussão
Roberto Stepheson - flautas
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Relembrando
(Marcos Quinan / Marco Antonio Quinan)

Arranjo: Fernando Merlino
Fernando Merlino - piano elétrico
Roberto Stepheson - sax soprano
Marco Milagres - baixo acústico
Renata Ribeiro - viola
André Cunha - violino 1
Daniel Cunha - violino 2
Ocelo Mendonça - cello
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Pedindo Campo(Marco Antonio Quinan / Marcos Quinan)

Arranjo: Fernando Merlino
Fernando Merlino - piano elétrico
Pantico Rocha - percussão
Victor Astorga - oboé
Ocelo Mendonça – cello

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Terceira cenaNo lado direito da boca do palco com a cortina fechada, a sala de despachos do presidente da província onde ele e alguns presentes se movimentam fazendo mímica como se estivessem conversando (um deles de batina). Pequenos gestos e pequenas paradas como se fossem brinquedos de corda, apenas um deles se movimenta normalmente (o almirante), cena bem marcada, os atores ficam estáticos em cada vez que a cena se repete aumentando o tempo dessa paralisação. O almirante faz todos os gestos normalmente, não fica estático, mas volta na marcação para reiniciar junto com os outros, enquanto os espectadores se acomodam. Tudo apenas na mímica e gestual.

Iluminação normal

Quarta cenaNo proscênio três atores vestindo túnicas brancas sem gola, sem manga de comprimento até o meio da canela, descalços e com os rostos, braços e pernas pintados de preto, trazem um adereço como se fosse um leque quadrado pintado de branco, cinza e vermelho e toda vez que não estiverem falando devem levar esta máscara ao rosto, cobrindo as feições, se apresentam com gestos imitando animais, um gestual do sapo, um do macaco e outro do urubu, em comunicação coloquial e humorada enquanto a quinta cena começa a acontecer na abertura da cortina bem devagar.

Iluminação normal



– Eles são daqui, mas sabem só de lá (apontando a platéia num gesto indicando outro lugar)

– Francês, Holandês, Inglês, Alemão, já se viu, troca Nhengaíba, troca Ajuricaba, já se viu.

– Vem Caldeira, põe fato em tratado, vem. Põe pedra, crava sarilho em pé de fogo, ajunta sem jeira. Põe guerra na mão e troca quem troca.

– Dos mando manda, esperto. Gente da guerra sem guerra. Ordem de reza, missão, fazer um virar outro, esparramar linha tratada, grilhões, ouro, riqueza? Tem nada lá não, coisinhas.

– Faz gente pra trabalhar, ensina a temência, ensina juntar. Ensina deus, nas artes, canta pra louvar.

- Aldeias missionárias, Jesuítas, Capuchos, Carmelitas, Mercedários, arruando, fortificados, santificado fornicando... ah... gado.

– Feliz Lusitânia, destratado assinado em Madri, Mura não. É daqui, sabe daqui. Gente esquisita, nem tempero pega, fica pra lá.

– Lusitânia feliz? Agora quer a riqueza? Diretórios dos Índios, hum... Pombalinou... queima os livros, deixa não. Um servo, dois servos... tudo é escravo, casa eles, mistura os negros, ensina índio falar o português, pedacim de terra, dá. Ferramentas de cava, de corte, dá... dá... dá...

– Retira os jesuítas, acaba com as coisinhas, é hora das Roças Comuns, das Fábricas Nacionais, Pesqueiro de Peixes e da Milícia dos Ligeiros.

– Falta gente, quem vai trabalhar? Mistura eles e os filhos deles.

– Eles são daqui, mas sabem só de lá (apontando de novo a platéia num gesto indicando outro lugar)

– Manda quem manda... quem olha aqui...


Quinta cenaNo palco, a cortina se abrindo devagar, de baixo pra cima, com a reprodução do porão de um navio onde o chão é plano e as laterais meio abauladas com as medidas – 4,40 de frente, 6,60 de fundos e 2,64 de altura, de tal forma que a parte de cima fechada tem um alçapão de onde desce uma escada e onde o espaço acima do alçapão dê para aparecer até a metade das pernas dos atores que conduzem os prisioneiros. 256 prisioneiros começam a ser introduzidos pelo alçapão ao porão. Descem conversando (mímica) de como foram presos, o que fizeram para serem presos. À medida que o porão vai se enchendo a confusão começa com os gritos (mímica), os pedidos de água (mímica). Na parte de cima do alçapão além das pernas dos militares que encaminham os presos para descer ao porão aparece as pernas de mais dois civis (boticários) que despejam um líquido dentro da tina de madeira cheia d’água que é descida ao porão. Brigas por ela. Lutas com punhais. Jogam a cal, fecham a porta e o desespero e morticínio começa. Durante toda cena um dos atores deve-se destacar sempre, será o único sobrevivente.

Iluminação produzindo silhuetas e a medida que o desespero toma conta a luz deve ter movimentos para salientar isso. Finaliza com luzes fortes iluminando o porão do fundo pra frente de modo a jogar alguns segundos de luz bem intensa na platéia no final da música.

Música: Suíte São José Diligente com os movimentos mais fortes se iniciando ao ser jogado a cal pelo alçapão – no arranjo pontuação indígena no início passando a portuguesa e negra que vão se mesclando num crescente até um corte brusco e a luz ofuscar, por um momento, o público.
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São José Diligente(Marco Antonio Quinan / Marcos Quinan)

Arranjo: Roberto Stepheson
Marco Antonio Quinan - violão
Pantico Rocha – percussão
Eudes Fraga – voz
Victor Astorga – oboé
Roberto Stepheson - flautas
Marco Milagres - baixo acústico
Renata Ribeiro - viola
André Cunha - violino 1
Daniel Cunha - violino 2
Ocelo Mendonça – cello
Participação especial:
Paulo César Pinheiro - voz
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A cortina se fecha. Entram os três atores com o gestual dos animais, declamam e depois lêem um por um o nome dos mortos como se fosse um jogral, mantendo o movimento das máscaras, na fala de um os outros cobrem os rostos como na cena quatro.

Transmudados para o longínquo
Um tempo de noites escuras
Entre relheiros, sementes, fogueiras,
Dominâncias e sonhos de liberdade

Assim cantamos essa liturgia leiga e viva
Exéquias tardias e necessárias
Entrançadas nas mãos dos parceiros
Que conduzem a vontade muda das palavras
Que nossa história escasseada,
Descurada, não quer contar...

Entrelaçados na sensibilidade
Entregamos esse trabalho à memória
E aos descendentes dos mortos do
Brigue Palhaço

Santa Maria do Belém do Grão Pará, novembro 2004.



Mortos no Brigue Sam José Diligente (Brigue Palhaço), Pará, Brasil, 1823.

Manoel de Freitas, soldado da cavalaria
Lourenço Ginsimiano, da dita
André José, da dita
Henriques Antunes, da dita
Joaquim Crisóstomo, da dita
Manoel de Mello Cruz, da dita
Filippe António, da dita
Lourenço Gracimiano, da dita
António Duarte, da dita
Joisé Eugenio, sargento
João Pedro, furriel da artilharia
Joaquim Marques, soldado da dita
António Marcelino, da dita
Manoel António Tambor, da dita
Manoel Georges, soldado da dita
Agostinho Nunes, furriel do primeiro regimento
João José do Espírito Santo, furriel da dita
José dos Santos, soldado da dita
Custódio José da Câmara, cabo do segundo regimento
Filippe Maciel, soldado da dita
António Joaquim, soldado da dita
Jerônimo Barbosa, soldado do terceiro regimento
Manoel Pereira do Amaral, da dita
Zidoro Pestana, da dita
Francisco José, paisano
António Nicolao, terceiro regimento
Florentino Ignácio, capitão de artilharia miliciana
António Fernandes, sargento do terceiro regimento
Manoel Garcia, sargento da dita
Hilário de Souza, furriel do primeiro regimento
Bento António, furriel de artilharia
Manoel Maria, cabo do primeiro regimento
Manoel Pereira, cabo de artilharia
José Firmin Nunes, cabo
Ângelo da Trindade
José Anastácio
José Pereira da Silva
Lourenço António
Candido de Oliveira
Eleutério António
Joaquim da Costa
Luiz Bertame
Raimundo de Souza
Anselmo de Moraes
Manoel José Bentes
José Joaquim
Filippe Sam Thiago
Raimundo António
Carlos José Francisco
João Coutinho
Clemente Diniz
Manoel António Lopes
Manoel do Nascimento
José Bento
António José
Ângelo José de Melo
Gregório José
Francisco José da Ponte
Francisco António
José Lopes
Antonio da Motta
Miguel dos Anjos
Apolinário António
Manoel António
Joaquim Bento
Eusébio Rodrigues
Gregório Rego
Filippe Sam Thiago
José António
Eleutério da Rosa
Joaquim da Silva
Domingos José Monteiro
Feliciano António
Manoel Higino
Feliciano António
Manoel Higino
Manoel Luís
Lourenço António
Barnabé Ferreira
Martinho Pedro
Cosme Deos
João Baptista
Henrique José
José Bonifácio
António Francisco
José Alberto
Lourenço Gomes
Victorino Lopes
Manoel Raimundo
Francisco Saraiva
António Rodrigues Bento
Joaquim de Sant'Ana
Lourenço Ferreira, paisano
Manoel Luís, soldado da cavalaria
António José da Silva, da dita
Francisco Joaquim, da dita
Sabino José Gonçalves, da dita
Victorino António, da dita
Gregório António Duarte, da dita
Raimundo José, da dita
Theodofio Constantino, da dita
José Domingos, soldado do primeiro regimento
José da Silva Gomes, da dita
Manoel Martins e Melo, soldado da dita
Manoel Barbosa, soldado da dita
Francisco José de Jesus
José Raimundo Vieira, da dita
Pedro Alexandrino, da dita
João Airol de Melo, soldado de artilharia
Francisco Simões, soldado da dita
Braz Coelho, soldado da dita
Joaquim, soldado
António Rodrigues
José de Assunção, soldado
José Nunes Barreto
Manoel Joaquim, miliciano
Zeferino José da Silva, paisano
Manoel António, artilheiro
Thomé de Moraes, artilheiro
Daniel Duarte, paisano
Marinho José de Sousa, segundo regimento
Manoel Soares, da dita
Américo José, artilheiro
José Domingos, da dita
João Pedro, terceiro regimento
Luis Filippe, cabo do segundo regimento
Luís António Correa, da dita
Manoel Pedro, do primeiro regimento
Domingos António, da cavalaria
Lourenço Xavier, da dita
Domingos António, do primeiro regimento
João Baptista, da dita
Joaquim Manoel
Francisco Candido, da dita
Christovão Manoel, segundo regimento
Bernardo António Fernandes, paisano
Sebastião Raimundo,cabo de cavalaria
António Filippe, primeiro regimento
Domingos Pereira, artilheiro
António José, terceiro regimento
Frutuoso da Costa
Manoel José da Silva, da dita
Joaquim José, soldado do terceiro regimento
Manoel Gomes, bombeiro
José António Gomes, do primeiro regimento
Germano José, mulato escravo
João Maria, miliciano
José Martins
José Leandro, paisano
José António das Rosas, dita
Manoel António, dita
António Pereira dos Santos
Francisco Raimundo, da dita
Fernando José, artilharia
José Manoel Pereira, dita
Gregório José Joaquim, bombeiro
Mauricio Joaquim dos Santos, primeiro regimento
Gabriel Araújo, do terceiro regimento
Raimundo dos Anjos, terceiro regimento
Manoel Simões, terceiro
Leão Pedro
Manoel Domingos, paisano
Raimundo Rodrigues das Neves, sargento do terceiro
Feliciano António dos Santos, furriel da cavalaria
José Raimundo, sargento do primeiro
Raimundo José da Silva, furriel de artilharia
José Rodrigues, furriel do terceiro regimento
Fidelis José, da dita
Manoel George, artilharia
Manuel Joaquim Gomes, sargento dos bombeiros
Leandro de Sousa, primeiro regimento
José do Espirito Santo, da dita
Caetano José Pinto, furriel de cavalaria
António Fabino, furriel da terceira
Raimundo Manoel do Sacramento, sargento da cavalaria
Joaquim Pereira Reges, furriel da artilharia
António da Silva, furriel do segundo
Cláudio António Borralho, sargento
João Damasceno Manuel, primeiro regimento
Lucas António, sargento da artilharia
Ignácio José da Maia, cabo do primeiro
Lázaro José Gonçalves, cabo da dita
Manuel Martins, furriel de artilharia
Miguel Arcanjo, sargento artilharia
Vicente Pereira Tavares, sargento do terceiro
António Francisco Barbosa, sargento do segundo
Bernardo Monteiro, furriel do segundo
José de Jesus, cabo do terceiro
Venceslau António Lobato, furriel do segundo
Francisco José, miliciano
José da Gama, cavalaria
Francisco José Soares, dita
Eugenio Rodrigues, cavalaria
Germano António, cavalaria
Manoel Lucian, cavalaria
José Neves Bento, dita
Francisco António, dita
Manoel do Nascimento, dita
Theodofio Bandeira, da dita
Feliciano Ramos, dita
Lourenço Francisco, dita
António Caldeira, dita
Basílio José Andrade, dita
Luís Carlos, dita
Manoel Luis, soldado do segundo regimento
Elisário José, dita
Vitorino José, dita
Manoel de Jesus
Alexandre da Silva, dita
Manuel Gaspar, dita
João Alberto, dita
Manoel Lourenço, dita
Manuel Bernardes, dita
Domingos António Pereira, dita
António Rodrigues Vieira
Bartolomeu Rodrigues, dita
Anacleto José, dita
Manuel Rezende, dita
António Nascimento
Manoel José Lopes, soldado do terceiro
José Miguel, dita
Manoel do Nascimento, dita
Manoel Estevão, dita
Francisco José
João Crisóstomo Tambor
Romão Gonçalves, dita
Romualdo Ferreira, soldado
Policarpo António, dita
João Florêncio, dita
João Raimundo, soldado do primeiro
Mário Pereira, artilharia
Manoel de Sousa, dita

Nomes ilegíveis
_________ José, da dita
_________ Filippe, da dita
"Florentino Aloez", cabo do segundo
_________ António
"Aleissandre" Nunes
José de __________
________ Gomes
Manoel ___________
"Atanásio" de Sam Thiago
"Filizardo José
_________ , furriel do terceiro
__________ , miliciano
__________ João dos Santos, soldado
Serafim dos "Paiol", primeiro regimento
"Genevaldo" Joaquim, paisano
Bernardino____________, cabo da artilharia
José " Narciso" , cabo da dita
José do ____________, dita

Os quatro sobreviventes:
Lourenço Ginsimiano
Sabino José Gonçalo
António Duarte, furriel do regimento da cavalaria
Apolinário António, artilharia

Durante a leitura – apenas silêncio quebrado de vez em quando por sons de matracas.

Sexta cenaRepetição da terceira cena, desta vez no saguão do teatro com outros atores na mesma marcação somente o almirante e o de batina deverão ser representados pelos mesmos atores. Duração – enquanto o público sai do teatro.

Iluminação normal.


Sétima cena
Na porta do teatro um músico encostado na parede tocando numa concertina o tema Eito e alguns metros, em frente a fogueira, o sobrevivente envelhecido se esquentando ao fogo enrolado numa bandeira brasileira da época (22/10/1823) e depois a fazendo se misturar com panos das cores que a representem nossa bandeira como é hoje. Duração – até que os espectadores se dispersem da porta do teatro.

Iluminação produzindo sombras.
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Eito(Marcos Quinan / Marco Antonio Quinan)

Arranjo: Fernando Merlino
Fernando Merlino - piano elétrico
Pantico Rocha - percussão
Marco Milagres - baixo acústico
Renata Ribeiro - viola
André Cunha - violino 1
Daniel Cunha - violino 2
Ocelo Mendonça – cello
Participação especial:
Pedro Amorim – bandolim

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FIM





10 comentários:

  1. Tirei o chapéu,
    Parabéns...

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  2. ...corajoso trabalho
    suavizado com a força
    dos 176 anos, a memória
    da justiça e a leveza
    da música. Isso ajuda
    à elevação das almas.
    Bem vindo ao balaio,
    Marcos...

    aquele abraço

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  3. olaaaa
    vim aqui te visitar
    que lindo tudo isso
    porque parou de escrever ?
    continue
    lindo trabalho
    Um abraço apertado

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  4. Guru,

    Obrigado amigo, seja sempre muito benvindo. Gosto muito do seu trabalho.

    Um grande abraço.

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  5. Deusa,

    Continuo escrevendo e publicando todo meu trabalho no http://abaribo.blogspot.com/
    Conheça o blog e as obras completas.

    Te abraço

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  6. Que beleza este teu espaço, hein? Parabéns.
    Vim aqui para desejar-te um 2010 repleto de alegrias, saúde, paz e prosperidade em todas as áreuas da tua vida.
    Um grande abraço.

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  7. Querido Marcos Quinan, venho retribuir-lhe a visita e aproveito para lhe agradecer por suas gentis palavras postadas no meu blog. Ocupei-me por um tempo da leitura de alguns textos seus e prometo voltar para deixar comentários.
    Mais uma vez obrigada e volte quando desejar.

    Afetuoso abraço de Clara Dawn

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  8. Grato Clara,

    Seja sempre muito benvinda.

    Te abraço.

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